A pesquisa científica feita em Santa Maria está no ranking das melhores de todo o Rio Grande do Sul. É que dois professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e uma estudante da Universidade Franciscana (UFN) foram reconhecidos no Prêmio Pesquisador Gaúcho 2019 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). A cerimônia da entrega da premiação será feita no dia 31 de outubro em Porto Alegre.
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A premiação tem como objetivo destacar profissionais que construíram uma carreira brilhante na pesquisa científica, ou seja, a escolha é feita por conta do currículo e não uma pesquisa em específico. A indicação ao prêmio é feita por cada instituição. Neste ano, foram 153 indicações para 13 categorias de premiação, o maior de todas as edições do prêmio.
O pesquisador destaque da área de Ciências Agrárias é o professor José Miguel Reichert, e na área de Ciências da Saúde, o professor Luiz Felipe Valandro, ambos da UFSM. Já na categoria Jovem Pesquisador, a agraciada é a santa-mariense Samanta da Silva Gündel, da UFN.
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FOCO NA COLABORAÇÃO CIENTÍFICA
style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Entre as diversas atuações do professor Luiz Felipe, estão a orientação dos alunos da Odontologia da UFSM
Natural da cidade de Catuípe, Luiz Felipe, 43 anos, adotou Santa Maria como sua cidade do coração desde os 14 anos, quando se mudou para estudar na Escola Estadual Maria Rocha. Se formou em Odontologia em 1997 na UFSM e, dois anos depois, começou a carreira na instituição como professor auxiliar. Com pós-doutorado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, atualmente o professor atua no ensino e pesquisa na graduação em Odontologia e no mestrado e doutorado por meio do Programa de Pós-graduação em Ciências Odontológicas (PPGCO).
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Entre o vasto currículo, o professor sempre manteve o foco na colaboração científica. Luiz Felipe participou da co-fundação do PPGCO em 2007, atuou na estruturação física do Laboratório de Pesquisa em Biomateriais Dentários da UFSM, assim como no Núcleo de Desenvolvimento de Materiais Avançados (Nudema), que terá o espaço físico inaugurado em 2020.
Com quase 300 artigos publicados, o professor também formou dezenas de alunos no mestrado e doutorado, bem como na orientação de pesquisas de iniciação científica.
- Eu tenho um perfil de trabalho duro e sério. Eu gosto do que faço, me sinto bem contente e orgulhoso de toda essa trajetória e de toda as oportunidades que me foram concedidas. Sou sempre comprometido e engajado com que me proponho fazer - completa o professor.
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TRABALHO DE EQUIPE
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José Miguel Reichert, 57 anos, graduou-se em Agronomia em 1984, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É PhD em Agronomia/Solos pela Purdue University, e pós-doutor/pesquisador visitante pela Texas A&M University. Seu vínculo com a UFSM teve início em 1996, como professor titular de Física do Solo, onde orienta alunos nos Programas de Pós-graduação em Ciência do Solo e em Engenharia Florestal. Para ele, a trajetória de pesquisador não é carreira solo e, portanto, o reconhecimento é compartilhado com o grupo de colaboradores que tem contribuído com a geração de conhecimentos e tecnologias na área das ciências agrárias.
- Esse reconhecimento me estimula a continuar atuando na formação de recursos humanos qualificados em paralelo com a pesquisa científica - destaca.
Reichert coordena o grupo de pesquisa CNPq Sistemas Agrícolas". As pesquisas do grupo têm dois focos principais: o primeiro é voltado ao estudo das alterações estruturais do solo, da mecânica e compactação do solo e da disponibilidade hídrica às plantas em sistemas agrícolas, com vistas à melhoria do ambiente físico do solo para o crescimento e desenvolvimento de cultivos de interesse agrícola e florestal e preservação ambiental. O segundo foco é voltado a estudos hidrossedimentológicos em pequenas bacias hidrográficas rurais, englobando monitoramento das variáveis e a modelagem dos processos em escala de microbacias, buscando integrar escalas e ecossistemas na resposta das bacias ao uso e preservação de seus recursos naturais.
PAIXÃO PELA PESQUISA COMEÇOU DESDE A SEGUNDA SEMANA DE AULA
style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Samanta (à esquerda) e a professora orientadora Aline Ferreira Ourique
Acadêmica do 9º semestre do curso de Farmácia da UFN, Samanta, 22 anos, sempre teve a certeza da graduação que faria. Inspirada pela mãe, que é farmacêutica, ela começou a pesquisa científica já na segunda semana de aula.
Até agora, são 10 artigos científicos publicados em periódicos nacionais e internacionais. Entre as pesquisas, sempre focadas na área de nanotecnologia e microbiologia, a santa-mariense destaca um projeto de desenvolvimento de novos medicamentos antimicrobianos, uma pesquisa para tratar parasitas que atingem as ovelhas no Estado e uma formulação para combater fungos em videiras.
- Em 2015 eu iniciei como aluna de iniciação científica e estou há cinco anos nessa caminhada. Esse prêmio é um excelente reconhecimento e, acima de tudo, é um estímulo tanto para mim, como também para outros alunos que pretendem investir na trajetória científica - comenta Samanta.
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OS PREMIADOS
Pesquisador Destaque
- Ciências Agrárias - José Miguel Reichert (UFSM)
- Artes e Letras - Zilá Bernd (UNILASALLE)
- Ciências Biológicas - Leonardo Maltchik Garcia (UNISINOS)
- Ciências da Saúde - Luiz Felipe Valandro (UFSM)
- Engenharia - Nilo Cesar Consoli (UFRGS)
- Educação - Danilo Romeu Streck (UNISINOS)
- Economia e Administração - Denis Borenstein (UFRGS)
- Geociências - Renata Guimarães Netto (UNISINOS)
Prêmio Especial "Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável"
- Arthur Germano Fett Neto (UFRGS - INBBIO )
Jovem Pesquisador
- Samanta da Silva Gündel (UFN)
Startup Inovadora
- Regenera Moléculas do Mar (UFRGS)
Pesquisador na Indústria
- Paulo Roberto Walter Ferreira (Bhio Supply)
Medalha Sylvio Torres
- Luiz Carlos Federizzi (UFRGS)